TONMEISTER

1. FILOSOFIA:
Qual é a meta de uma boa masterização?

É interessante notar que a importância da masterização aumentou com a diminuição de orçamentos financeiros de produções musicais. Uma produção contemporânea não é mais uma instituição elitista! Como qualquer um pode produzir em casa em um PC, o nível dos mixes caiu significativamente nos últimos dez anos. E isso nem tanto pela falta do equipamento, mas pela falta de um técnico de mixagem formado e com anos de experiência. Quantas vezes é somente na masterização que falhas de gravação e mixagens são recompensadas? Desta forma, a masterização contemporânea é muito mais envolvida no processo de produção musical que uma masterização tradicional.
 
A meta de uma masterização é bem definida e se resume a estes quatro pontos:
 
1.1. Compatibilidade das músicas entre si:
Boa audibilidade em um sistema de reprodução. Mesmo ouvindo as faixas fora de ordem, o ouvinte não deveria sentir a necessidade de aumentar ou diminuir o volume. A boa audibilidade se refere ao volume sentido (loudness ou dB RMS) e à sonoridade em geral (palco sonoro, transientes, timbre, textura, espectro sonoro, etc.).
 
1.2. Compatibilidade entre equipamentos:
A Máster tem que ser tocável e soar bem em qualquer meio acústico e com qualquer aparelho de reprodução.
 
1.3. Compatibilidade dentro das expectativas estabelecidas no devido estilo:
O volume sentido (loudness) deve estar dentro do estabelecido do mercado, sem prejudicar a sonoridade e dinâmica da mixagem original. Ou seja, a Máster sempre tem que ser comparada ao mix, no MESMO volume, em audição A/B. Nesta audição, a Máster deveria soar melhor, mesmo sendo muito mais denso. Nunca se deve ganhar volume sentido às custas da sonoridade ou da dinâmica.
 
1.4. Compatibilidade musical e técnica:
O PQ-Editing deve ser feito artesanalmente e de maneira criativa. O headrom de peaks deve ser com -0.3dBFS Peak para garantir a perfeita reprodução em 100% dos tocadores de CDs.